
Em um imenso jardim,
Flores e plantas são admiradas.
Suas cores e formas brilham diante de um olhar.
O jardineiro aprecia e cuida carinhosamente do lugar.
Com seu olhar afetuoso confia e tem um profundo
respeito pela beleza primorosa de cada flor.
Encanta-se com sua cores, formas e
desfruta de seus perfumes.
O jardineiro fiel valida seu jardim.
Este olhar de validação é essencial para que as flores
cresçam saudavelmente e floresçam com todo o seu potencial.
Suas raízes se tornam profundas, são flores centradas,
altivas, seguras e confiantes.
Podem agora brilhar junto ao Sol.
E na bela sinfonia do jardim cantam alegres
a beleza de serem elas mesmas.
Amparadas confiam em si mesmas, possuem auto-estima.
São desbravadoras do ambiente e buscam ampliar seus horizontes.
Sentem capazes de florescer a cada primavera.
Possuem agora autonomia e são responsavéis por sua floração.
Seguem confiantes com o ritmo da vida.
Aceitam as chuvas, os ventos , o calor e o frio.
Recebem a vida como ela é.
Não tem receio da avalição alheia, não se preocupam
com a aprovação exterior pois aprenderam a se valorizar.
Sempre florescerão pois enraizadas com o amor estão.
Alguém olhou para elas com o olhar de admiração.
Sabem que seu propósito existencial é embelezar a vida.
Assim somos nós quando devidamente validados.
Florescerá em nós a auto-estima e a confiança
Seremos responsáveis por nossa própria felicidade.
Como somos seres relacionais este primeiro olhar
quando ainda crianças é essencial para a formação de nossa auto-estima.
Com a nossa estima desenvolvida seguiremos seguros para a vida.
Quando isso não se dá, a criança não se sente capaz.
Será um adulto inseguro e receoso do mundo.
A base de sua auto-estima virá da aprovação alheia.
Se não recebemos a devida validação, é chegado a hora.
A hora de depositarmos este olhar sobre nós.
Olhar de carinho, de atenção, de respeito e amor.
Aprender a ser autoconsciente. Validar a nossa
existência , a nossa importância, tudo o que somos e podemos ser.
Sejamos as mais belas flores do jardim Divino.
Rosa Barros