quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ego


Estamos em períodos de transição.

Uma nova consciência desperta, a consciência

baseada no Coração.

O domínio do Ego chega a sua reta final.

Há uma profunda experiência de vazio interno.

Vivenciamos os tempos das perdas de significados e propósitos.

A nossa consciência está nas garras do medo.

Todos procuram validação externa.

Toda a nossa vida foi construída assim.

Quando o ego está no centro de seu ser

sua vida emocional é um caos.

Com medo sempre nos comportamos defensivamente.

A sina do Ego é sempre se sentir carente.

Há sempre a necessidade de "algo a mais".

Existe um buraco negro dentro de nós que

nunca consegue ser preenchido.

Nos sentimos sozinhos e abandonados.

O medo ocultado em nós, experenciamos como uma sombra.

O que é o Ego afinal?

O Ego é o nosso falso eu. Nossa identidade ilusória.

Nossa profunda identificação com as formas, a matéria.

E esta é a grande ilusão da realidade em que vivemos.

Reconhecê-lo já é o prelúdio de seu fim.

O Ego faz parte da estrutura de nossos processos mentais.

A mente percebe e identifica-se.

Uma compulsão inconsciente de se identificar com os objetos,

tornando-os parte de seu Eu.

É o que define a percepção de nossa identidade, nosso "eu e sua história"

Porém, essas identificações não são o nosso verdadeiro Eu.

O Ser não pode ser pensado. Devemos sentir o Ser.

O Ego é formado por uma série de pensamentos construídos

em nosso processo de desenvolvimento Humano.

Ele se identifica com conceitos, com crenças ,

com religiões, com profissões, com raças, com bens

materiais, com papéis sociais, com opiniões e etc.

Toda essa construção mental, todos esses pensamentos

reunidos formam a identidade egóíca ou falso eu.

Ele dá a falsa impressão de que somos essa identidade.

Não vivemos uma realidade "viva" e sim vivemos uma

realidade conceitualizada.

Tais identificações promovem o sentimento de apego,

de carência e de necessidade.

Identificados com coisas externas, sentimos um imenso vazio

que tentamos preencher com mais coisas externas e de forma obsessiva.

Nascem todos os vícios, dores e falta de sentido existencial

Oh! Profunda ilusão!!

Mas o ego não tem consciência dele mesmo.

O importande é observá-lo e superá-lo.

O Ego não é você! Você é o Ser além do Ego.

Você é consciência, aquela que observa o Ego.

O sentimento de valor pessoal ainda está ligado ao que possuímos.

Somos espiritualmente inconscientes e precisamos

romper com essas identificações.

Sejamos Consciência, o que é muito diferente

de ser apenas um aglomerado de conteúdos mentais

insignificantes.

O ego para aplacar nossas angústias procura voltar

a consciência para o exterior.

O Ego quer sempre: reconhecimento, poder, atenção e etc.

Ele cria uma ilusão de respostas aos nossos reais

desejos de Unidade que vem do Ser.

Os desejos da Alma são por unidade, segurança e Amor.

Todas as almas anseiam pelo Amor incondicional.

Pelo encontro com a consciência Divina, com o Sagrado.

Ansiamos estar totalmente conscientes de nosso próprio

Ser Divino.

Os reais anseios da alma são confundidos pelos falsos

anseios egóicos.

Buscamos nossa própria Divindade, o caminho para o

amor incondicional, para a consciência iluminada.

Para o real encontro, o nosso autoencontro.

Para o nosso Sol interior, para a nossa Luz.

Estejamos conscientes de que a era Egóica e suas ilusões

estão chegando ao fim.

Uma nova Era desperta.

O Ser anseia por Unidade.

Vive neste turbilhão de sentimentos e emoções em

desalinho. Depressões, melancolias, distúrbios

mentais e transtornos comportamentais.

A hora pede o encontro com a verdade, a verdade do Ser

e de sua condição, de sua finalidade maior neste planeta.

O Amor clama e as almas estão ouvindo o chamado.

Todos buscam o Amor, a paz e a completude.

É chegado a hora de ampliarmos nossas consciências,

e de puxarmos a coragem para sairmos desta imensa escuridão,

onde o frio e o desamor imperam.

Sair desses estado de ignorância sobre nós mesmos.

Bem-vindo a uma nova Era, a uma nova raça de homens

lúcidos e conscientes de sua própria Divindade.

Rosa Barros