" A boa absorção ou abertura de consciência acontece somente no momento em que não nos prendemos na forma. Aprofundarmos-nos no conteúdo real quer dizer: 'Quem não quebra a noz, só lhe vê a casca'. Mas para quebrar a noz é preciso senso e noção, base e atributos que requerem tempo para se desenvolverem convenientemente" Hammed
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Inteligência Intrapessoal
Ah bendita convivência!!
Interessante como podemos aprender muito com ela.
Autoconhecimento? Aqui está uma boa maneira de nos conhecermos.
É na convivência e seja ela qual for, até mesmo a "virtual".
Para mim, tudo é virtual. Pois todo tipo de convivência
é fruto de nosso mundo íntimo que é um mundo também, digamos assim, virtual.
Mas então o que seria Inteligência intrapessoal?
É uma espécie de bússola interna que possuímos frente as relações.
É ela que nós indica a hora de calar, o momento certo de agir, a hora de
de se corrigir, o momento certo de discordar e mesmo como praticar a tolerância.
Inteligência intrapessoal tem a ver com competências internas, ou seja,
fala de empatia, de assertividade e autorevelação.
Existe um princípio básico na natureza e é também uma Lei natural
que é a socialização.
É pela socialização que vivenciaremos este magnífico encontro com outras
singularidades humanas.
E o que isso nos traz? A socialização nos leva à uma viagem a nossa intimidade.
É um caminho educativo e de profundo autoconhecimento para quem
quer se autoconhecer.
O que é autoconhecimento, afinal?
É essa busca por nos entendermos, entendermos nossas reações diante da vida, e
a partir disso poder viver melhor e com qualidade conosco e com os demais.
Você pode procurar em livros de auto-ajuda, em práticas meditativas, em práticas
religiosas e frequentar um bom consultório psicológico.
Tudo isso é muito válido e necessário mas a pratica mesmo está em nossa convivência.
É sempre através do outro que podemos saber de nós. Não pelo o que o outro
me causa mas pela forma que eu reajo frente a este outro.
O problema não é como convivemos mas sim como vivemos com o que sentimos
e pensamos em relação ao outro. Instaura-se aqui o nosso conhecido "drama mental".
Para se conviver bem com os outros há uma urgência de saber conviver consigo mesmo.
Aqui novamente falamos do auto-amor, esse equilíbrio fundamental para
relações saudáveis.
Tudo começa em nós, e não dá para fugir disso. Não dá para fugirmos de nós mesmos.
Rever conceitos, dar uma olhada em nossa têndencia fantasiosa nas
relações. Tudo isso vem de nossa experiência interna, ela se projeta no outro
SEMPRE.
Mas a boa convivência é aquela construída numa boa convivência conosco.
Todos passam por este laboratório de autoconhecimento e nem se dão conta.
Quem deseja crescer e educar-se, conviver é tudo!
Relações saudáveis , nutritivas, prazerosas, gratificante e duradouras provém
do amor a nós mesmos.
Como temos respostas emocionais induzidas por situações que vivemos em nosso
dia-a-dia... É impressionante! Observem! Sintam!
OLhar para nós primeiro antes de cobrar ou transferir responsabilidades
por tudo o que sentimos e vivenciamos.
Os desacordos e desencontros são escolas de reflexão e reavaliação
de nossa vida íntima.
Que tipo de laços construímos em nossa vida diária?
Autoconhecimento é esta autodescoberta.
O que o outro me reflete e me perturba? Por que sinto o que sinto?
Por que faço o que faço? O que está por detrás das minhas reações e atitudes?
A nível energético ou transpessoal ocorre um fenômeno curioso. Fios magnéticos
nos ligam , há uma atração energética que nos mantêm ligados àqueles que
destacamos o "mal".
Pensar mal de alguém ou destacar o mal no outro nos liga a este alguém, e detona
as ligações magnéticas e os processos de causa e efeito.
O auto-amor só opera quando vamos em busca do autoencontro, precisamos
descobrir as mazelas ocultas em nós, retirar nossa máscara social.
Precisamos de interiorização, indagar nossos sentimentos, nossas razões e
essencialmente entrar em acordo conosco.
Entender as imperfeições alheias, caridade conosco e com os demais, gostar de nós
e nos aceitarmos.
Que tal partirmos para o convívio com o melhor de nós? Que tal irradiar alegria?
Que tal não esperarmos nada, nada mesmo de ninguém? Que tal nos doarmos pelo puro
prazer de o fazê-lo sem expectativas? Que tal pararmos de fantasiar? Que tal
exercitarmos a compaixão?
E o que é compaixâo?
É entender as fragilidades, as dificuldades, as imperfeições humanas.
Com compaixão somos mais realistas, menos exigentes e mais flexíveis.
Compaixão conosco em primeiro lugar, e tudo se refletirá em nossa convivência,
e esta é a maior escola de autoconhecimento que existe.
Rosa Barros.
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