quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Filho pródigo


Vivamos o esplendor da mensagem Crística de Amor e Justiça!

Sabemos o quanto ela foi deturpada e porque não deixarmos os preconceitos em torno da imagem de Jesus.

Jesus está para além das religiões cristãs. É inegável sua força, sua persistência em nossos corações. O seu amor firme, nada vacilante que ama as criaturas recalcitrantes, pusilânimes como nós. Adoradores do poder, na sua acepção menor, inferior.

Há um poder sim, um poder maior, poder de unificação, de construção, de transformação. Somos os filhos pródigos literalmente, aqueles que vão em direção ao mundo e suas facilidades efêmeras, aos seus gozos fugazes,as suas ilusões até a exaustão. Somos seres cansados de tanto sofrer, de tanta solidão, de tanta falta de afeto. Do buraco, do vazio existencial. Do viver sem propósitos dignificantes, só em volta de nossos problemas, das nossas angústias, de nosso pequeno universo.

Ah voar, voar em direção a mais pura verdade que está escrita em nossos corações. E porque ainda sofremos tanto diante de tanta tecnologia, de tantas facilidades? Porque vivemos nessa calamidade social? Porque tanta birra por não temos os nossos desejos egoístas não saciados? A resposta é simples: Não reconhecemos o nosso EGOÍSMO!!! Não reconhecemos o nosso ORGULHO!! Chagas da alma que nos dilaceram mas não largamos de mão. Você se melindra, você se ofende, você se magoa, você sente raiva, você sente inveja, você sente ciúmes, você tem baixo-estima, você se menospreza, você se vangloria? Isso é ORGULHO em nós, e é a causa de nosso sofrimento. Todos esses aspectos são seus filhos diletos. Até quando vamos deixá-lo nos dominar? Até a nossa mais profunda dor, certamente! Infelizmente é assim porque é a única maneira de despertar para os que não se rendem e voltam para 'casa' humildemente. Voltar para a casa... A parábola é primorosa!! Ler seria um bom começo.

As grandes mensagens de amor , justiça e fraternidade já passaram por aqui ha milênios. o que estamos esperando?

Rosa Barros

sábado, 3 de dezembro de 2011

Silencie


Quanto mais silencio mais compreendo...Quanto mais compreendo mais silencio.

E este silenciar está para além do simples ato de parar de falar, deixar de se envolver em algo para não criar atritos, não entrar em discussões, não se comprometer. Não. Quem silencia não cria atritos porque vê de antemão ,sente compaixão. Essa é a lição que aprendi.

Quem silencia já não se perde mais em seus labirintos mentais, ansiosos, angustiantes e conflitantes.

Silêncio é compaixão. E compaixão é a mais profunda compreensão.

No mar de diversidades mentais e conhecimentos temporais, diante da impermanência da vida, como afirmar ou ter certeza de algo?

Diante da vida, apenas sentir será o caminho? Eu sinto que sim.

O homem se apaixonou por conhecer e se fixou no pensar. E só pensando ele jamais conseguiu saber os segredos da vida para além da vida pensada, porque ele pensa e não sente a vida. Ele ainda não silenciou. Portanto ainda não compreendeu nada.

Quando o homem sentir as cores da bela pintura contida na paisagem, a poesia no canto dos pássaros, o perfume essencial da vida nas flores, será livre e leve como as pequenas sementes que bailam por entre brisas sem direção.

A sabedoria da vida me parece estar contida numa flor.

Deixar as aflições e jogos mentais, das ansiedades por certezas e convicções. Das fixações nas verdades relativas do pensamento dos que se embrenharam em descobrir a vida através do pensamento. Muitos enlouqueceram. Angústias profundas viveram. Esse é o caminho mental e torturante que criamos. Onde só acreditamos em ilusões, puro produto mental.

O homem sabe que as 'verdades' são relativas e porque então se fixa? Será por insegurança? E porque é inseguro? Talvez porque esteja preso em labirintos mentais...

"Sente-se diante de uma flor, desarme-se. Neste momento de profunda reverência, sinta. No silêncio estabelecido descubra os segredos da vida contidos em suas pétalas, em suas cores, em suas formas e em seus aromas. O saber divino será revelado e serás Um com a vida." Este foi o segredo que o silêncio me sussurrou.

Rosa Barros

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Fluir...


O meu negócio é fluir com a vida...Ser como um rio.
Se me chega um novo conhecer , vou lá, espreito, reflito, sinto o que ressoa em meu coração. Sigo adiante, sou um rio e nada deve me prender a este conhecimento, sinto apenas sua essência, seu perfume. Não o prenderei, não armazenarei em mim para eu ficar resguardada diante dessa 'verdade'. Se me dizem que é divino , eu respeito, mas ainda não é o meu divino fruto da minha experiência interior. O caminho, a viagem, o fluir é em direção ao centro. Nós nos prendemos para ter seguranças , somos inseguros. Queremos viver cheios de convicções mesmo que sejam alheias. Isso preenche nosso vazio. Dizer simplesmente: "Eu não sei." Constrange o nosso ego e suas fantasias. Espero ser sempre aquela que não sabe e que passa, agradece mas sente que tudo é passageiro. Para quê se filiar, se prender, segurar, o que não nos pertence e é impermanente? O que realmente nos pertence é a alegria sentida em conhecer e não em reter. Simplesmente conhecer. Reter é perecer. Sigamos, pois que não há verdade absoluta em nada mas tudo tem uma verdade. E deve ser SENTIDA em nós, e não retida como base de sustentação para o nosso ego, que só deseja poder e reconhecimento. O ego, confuso, desconhece o Amor...

Rosa Barros

domingo, 7 de agosto de 2011

Iluminação


"O estudo atento do orgulho será um caminho de infinitas descobertas para todo aquele que anseia pelas conquistas interiores"
Ermance Dufaux

O Ego ou orgulho é um sentimento de superioridade pessoal,é um "subproduto" do instinto de conservação. Este instinto tinha uma finalidade básica: Servir para o homem no seu desenvolvimento espiritual ao longo dos tempos. Porque sem este "sentimento de valor pessoal" e a "necessidade de estima" nós não desenvolveríamos um autoconceito de dignidade pessoal. Porém, o descontrole e o não entendimento deste sentimento é o que nós vivenciamos como grande distúrbio humano, chamado EGO.
Digamos que é um estágio humano necessário para a evolução consciencial. E neste atual estágio em que vivemos, o estágio do Ego, não temos capacidade plena em controlá-lo e entendê-lo.
E este sentimento cresceu e se tornou uma paixão crônica por nós mesmos.
Seu reflexo em nossas vidas interiores se dá no departamento da imaginação, onde se encontra uma "matriz superdimencionada " de nós mesmos. E apartir dela, que tem vida própria em nós como uma "segunda personalidade" onde tudo se processa. Gerando a dinâmica de todas as operações psiquicas e emocionais de nosso ser. Que vão determinar todas as nossas atitudes, ações, palavras, escolhas, aspirações , gostos e etc. Formação de nossos valores, crenças, conceitos sobre nós e do mundo.
Estar na forma , é estar vivenciando tudo o que o nosso pensamento produz mas entorno de nosso Ego.
O orgulho ou ego nos incapacita olharmos as nossas imperfeições. O que sai dele são idéias fantasiosas de que tudo o que sai de nós é melhor e mais correto do que nos demais. Esta caracteristica chamamos de personalismo. E este sentimento de superioridade interfere na formulação de juízos.
O ego é a parte em nós que pensa em nos defender de nosso abandono primordial. Que quer Amor mas entende o amor como reconhecimento exterior. Como glórias externas e não quer se ver abandonado e sozinho.
Este sentimento de abandono se deu no parto quando tínhamos um sentimento oceânico de união, amor e segurança. A partir deste momento viramos unidade e nos sentimos sozinhos e largados a nossa própria sorte. Este sentimento de nos desprender de tudo o que nós confiávamos e que nos dava segurança era o nosso destino. Este estar "sozinho", de estar separado do Todo Mãe/Pai. Nos concedeu interiormente o sentimento de desorientação, sentimento de desolação e de dúvidas. E continuamos ansiando por este retorno, o retorno a esta sensação de plenitude. Mas como isso é impossivel a partir daí criou-se o solo fértil para o nascimento do Ego em nós e sua tomada de PODER.
Entretanto, toda essa jornada sofrida faz parte da própria descoberta da CONSCIÊNCIA. Saindo deste estágio em direção ao entendimento de uma consciência DIVINA e individualizada. Este mesmo parto simbolizado em nossa trajetória terrana se deu em nossa trajetória espiritual. Em rumo a nossa transcendência como seres filhos da suprema Vida, da suprema inteligência do universo ou Deus.
E apartir daí, do parto primordial, nos sentimos sozinhos e abandonados , e isto nos gerou MEDO e como consequência o surgimento do EGO, esta parte em nós que se defende e cria um mundo baseado na forma, ou melhor, no pensamento que passam a protegê-lo do "mundo hóstil" e o mundo hostil exterior é o reflexo de nossos próprios medos interiores.
Por isso que os Indus chamavam o pensamento de Maya ou ilusão. Criamos um mundo ilusório a partir dos refúgios do ego para nos proteger do medo e do abandona primordial.
A nova Era, ou Era do despertar, é a era do reconhecimento em nós deste Ego adoecido, absolutamente equivocado e necessitado de Amor e transcendência. Aqui chegamos ao ponto do que podemos chamar de grande dístúrbio humano. A doença da humanidade. Que à principio tinha uma nobre finalidade mas se perdeu no caminho de suas próprias ilusões.
Este medo que sentimos faz parte de nosso crescimento como seres em ascenção na Ordem maior da vida. Já possuímos consciência que o ego foi durante estes milênios uma ferramenta de sustentação de nossa psique. Nos deu uma pseudo-segurança para nos afastar de nosso grande VAZIO, o nosso buraco negro.
Nascer significa que temos que enfrentar a vida "sozinhos". Na realidade não estamos sozinhos mas o nosso ego entende desta maneira e faz de TUDO para aplacar este estado de coisas.
Toda a nossa vida foi construída em cima do MEDO e NECESSIDADE DE VALIDAÇÃO EXTERNA.
Nossa consciência está nas garras do MEDO e com isso ela precisa reafirmar-se constantemente e procura validação eXterna. E principalmente, não está disposta a enfrentar o medo subjacente da REJEIÇÃO e SOLIDÃO.
Neste "ESTADO SONAMBÚLICO" semiconsciente somos absolutamente defensivos e com isso o ego cria seus mecanismos de defesas interiores.
Estamos permanentemente em "ESTADO DE CARÊNCIA", por isso nossas buscas infinitas, e sempre necessitando de algo a mais. Nada é suficiente e nos perdemos entre desejos, sensações superficiais e vÍcios de toda sorte. Vivenciamos o VAZIO que não conseguimos preencher.
Nossa relação com a criação e com a vida é com uma consciência que vive em "SOMBRAS".
O que é ter uma consciência que vive em sombras? É uma consciência que sente um profundo sentimento de SEPARAÇÃO, de ABANDONO, de SOLIDÃO, e de FRAGMENTAÇÃO, onde se sente INSIGNIFICANTE e SEM PROPÓSITO.
O medo que ocultamos, nós experimentamos como uma sombra em nós e enfrentá-lo nos causa HORROR.
E para continuar a viver com esta sombra em nós, desenvolvemos "ESTRATÉGIAS PARA VIVER COM ELA" e tornar a vida mais suportável. E ego como só trata os problemas em sua superfície e periferia em lugar de fazê-lo em seu centro, em seu interior. Ele volta a consciência para fora, para o exterior, para o mundo fisico e palpável, mensurável. É o que pensa, acredita ser possível de se manejar melhor, mais fácil. É o mundo material, e o nascimento do materialista. Do olhar para fora, para o exterior. O ego inteligente adora a lógica materialista, e é por isso que o materialismo impera em todos os sentidos e com ele ganhamos todas as suas mazelas de significado e sentido.
O ego tenta aliviar suas dores internas com energias que capta do mundo exterior, ou seja, seus desejos de reconhecimento,de admiração, de poder ( prioritariamente), de atenção e etc. E com isso cria aparentemente respostas ao seu desejo profundo de AMOR, UNIDADE, SEGURANÇA e TRANCENDÊNCIA.
O que realmente, nós, como seres queremos essencialmente é estar totalmente conscientes de nosso próprio SER. Mas só poderemos encontrá-lo enfrentando o medo e nossas escuridões. Voltar ao interior ao invés do exterior.
Temos uma consciência que essencialmente é LUZ. E ela não precisa lutar contra a escuridão. A sua simples presença, a luz, dissolve a escuridão. Precisamos é de lUZ, LUCIDEZ!
Acredito que voltando a nossa consciência para dentro de nós, os milagres acontecerão.
O ego atua dentro dos registros de necessidades de amor e segurança. Ele não enfrenta a escuridão, ele vive de "truques", ou seja, a necessidade de amor se torna necessidade de aprovação e reconhecimento por parte das pessoas. Transforma a necessidade de unidade e harmonia em necessidades de sobressair-se e ser melhor que os outros. Uma vez que o ser pense em ser amado e ser admirado por seus feitos, o ser não precisará mais percorrer os grandes labirintos de seu mundo interior em busca de amor. Dá trabalho!
O ego distorce o desejo de amor por reconhecimento. Ele procura toda essa validação externa que temporariamente lhe provê segurança.
A nossa consciência está totalmente focada no mundo exterior. Confia na validação e julgamento alheio. Está preocupada com o que os outros vão pensar dela. E sua auto-estima é dependente da validação externa. Mas o nosso profundo sentimento de abandono e solidão não é aliviado,e só piora na realidade quando nos recusamos a olhar para ele.
Tudo o que NÃO queremos VER é o nosso "LADO SOMBRIO". Deixamos o MEDO , a IRRITABILIDAE e as NEGATIVIDADES nos dominarem, nos rodeiarem e nos permeiarem. Influenciando mais ainda a nossa RECUSA de nos olharmos e influenciando a maneira que vivemos no mundo e a própria dinâmica do Mundo. Este, reflexo de nós mesmos.
Para nos ILUMINARMOS , este nome tão usado e tão mal entendido, deveríamos entender que a iluminação não é estarmos conscientes completamente de tudo o que há dentro de nós. Mas que é o desejo em enfrentar cada aspecto de nosso ser de forma consciente.
Budda fez isso como grande exemplo, enfrentou-se e se iluminou. O estado BÚDICO é o da iluminação e é o nosso DESTINO.
ILUMINAÇÃO é igual ao AMOR. Amar é nos aceitar como somos, desde o nosso mais belo sorriso em alegria até ao sabor salgado de nossas lágrimas em dor.
Rosa Barros

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Inteiros revelados



Naquele dia sabia que estava diante de algo raro.

Havia simplicidade e inocência. Havia tanta beleza nas falas

que fiquei momentaneamente absorvida por elas.

A beleza me absorveu de tal forma que me tornei uma com ela.

E tudo se tornou sagrado.

Sua voz suave e tímida, tinha tanto carinho inibido que me fascinava.

A pureza se revelava.

Senti vigor e centralidade em ti .

Me pacifiquei. Naquele momento eu era paz.

Do meu peito desabrochavam rosas brancas...

Da brandura de seu ser saiam pétalas de sinceridades.

O diálogo se deu entre não-saberes, apenas de escuta, escutamos as possibilidades.

O que de possível éramos ali, sem expectativas.

Por entre risadas e gestos suaves, nossos rostos se iluminavam.

De prazer inenarrável!

Plenos momentos...

Quando poderia imaginar que te encontraria, assim, por acaso.

Será que existe acaso? Não sei, diria você.

E seguimos sem saber mas apenas vivendo...

Diria que és uma alma nobre, daquelas que nos despetam para nós mesmos.

A mulher além de mim mesma, te recebe e se entrega.

E me sinto completa,

plena e inteira.

Inteiramente sua.

Fico por entre sorrisos, levezas, ternuras e lágrimas.

Lágrimas sim, estas pérolas que rolam no meu rosto em contentamento.

Elas correm em direção aos meus lábios

e sinto o gosto do mar.

Estar contigo é um encontro comigo mesma.

Encontro de descobertas, não no depois mas no durante.

Nesse jogo espelhar, vejo o claro escuro contido em mim.

Não me embaraço, só reconheço e desperto.

O que é isso tão serenamente revelador?

Me engrandece e me enobrece.

A beleza me visita sempre que apareces, a beleza da alma

que ultrapassa toda a forma.

Não conseguiria descrevê-la.

Os toques são como os movimentos do mar...

No bailar suaves das calmarias ou em profundas ondulações,

correntezas de profundo vigor.

Quando nos encontramos é belo ver as cores em nossos corpos

Resplandecente arco-íris!

Sobem e descem em movimentos espiralados.

Digo que flutuo e me enraizo.

Um encontro entre céus e terras...

Onde o sagrado e o profano se encontram num sublime complementar de forças.

Há beleza em tudo! Os nossos olhos brilham, trazem a chama da vida.

A vida que pulsa em nossos pulsos acelerados.

Nestes encontros somos melhores e mais íntegros.

Somos a essência de nós mesmos.

Os aromas do encantamento nos abarca e os nossos perfumes exalam...

Juntos e separados, somos inteiros revelados.

Eu a mais bela das mulheres e você o mais

belo dos homens.

Rosa Barros

quarta-feira, 15 de junho de 2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sofrimento


O que é o sofrimento?

Pode o sofrimento acabar?

Existem várias formas de sofrer.

Há o sofrimento individual e o sofrimento do mundo. E eles não estão separados.

Será possível acabarmos com o sofrimento?

Existirá um fim?

Já deparou-se com o seu sofrimento e o olhou de forma atenta?

O sofrimento vem de fora, ou está dentro de nós? Faz parte do nosso perceber?

O que é o sofrimento, autopiedade?

Ele vem pela solidão, por nós nos sentirmos isolados, desesperados, dependentes?

O sofrimento vem do abandono sentido no momento da nossa separação do útero?

O sofrimento é um conceito? O sofrimento é uma idéia fabricada por nosso intelecto?

Já enfrentou o seu sofrimento, sem racionaliza-lo ou tentar explicá-lo?

O sofrimento vem de nos banharmos nos mares das ilusões?

Será possível haver amor quando o sujeito está em dor e em conflito?

Quando existe sofrimento possivelmente não há amor.

E o que é amor?

Será que realmente sabemos o que é?

Exatamente por não haver amor há sofrimento.

Sofrimento é conflito. E conflito é desordem.

Olhemos o mundo! O que tem mais no mundo, ordem ou desordem?

O que tem mais dentro de você, ordem ou desordem? Conflito ou não conflito?

Acredito que precisamos investigar em nós mesmos.

Enfrentar os fatos e não fugir de nós mesmos.

Não fugir do encontro com o sofrimento.

Optamos sempre pela fuga, pelo conforto mesmo que ilusório, nos auto-enganamos e

engamos.

As fugas românticas nos apetecem. E continuamos a não saber porque sofremos.

Qual será o significado profundo do sofrimento?

As respostas para tantas perguntas terão que ser investigadas por cada um de nós.

Não por conceitos , idéias, opiniões, dogmas, idéias e ideais de terceiros mas por

cada um de nós em nosso vasto mundo interior e nas nossas relações um com os outros.

Espelhos de nós mesmos.

terça-feira, 10 de maio de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

O amor e o Tantra



A sitar e o tabla preenchem o ambiente da mais doce melodia

Sons de uma terra distante... o sol de suas almas.

Antes de entrar no amor,

sentam em silêncio.

A luz é tênue e o aroma de seus corpos enebriam.

Ela inspira e ele inspira.

Ele expira e ela expira.

Sintonia!

Sentem um ao outro.

São um só corpo.

Seus olhos se penetram suavemente.

Desfrutam um do outro.

Brincam com seus corpos.

Sem fazer amor, percebem que estâo fazendo amor.

Prelúdio...

Criado na relação íntima psíquica que

desagua na física.

Estabelecem a harmonia profunda.

Os sentimetos são oceânicos.

O amor feito meditação, profundo!

Se acariciam e se saboreiam lentamente.

O amor vem, silenciosamente.

E acontece a união...

A experiência é tão poderosa que ambos não existem mais.

Não farão amor, e sim, serão o amor.

Rosa Barros

sábado, 5 de março de 2011

Pérola



Observar...

Quando observamos a natureza aprendemos as leis da vida.

Quem poderia dizer o que as ostras têm a nos ensinar?

Nácar é o nome dado a uma substância que se encontra no interior das ostras.

E sempre que uma ostra é agredida por algum agente externo ela libera o nácar,

cuja função é de envolvê-lo para proteger a ostra.

É neste bailar do nácar no interior da ostra em movimentos concêntricos de

envolver o agente agressor que vai se formando a pérola.

O que podemos aprender com este pequeno exemplo da vida de uma ostra?

Pérolas são formadas no interior de cada ostra a partir dos

embates desafiadores de cada dia em sua vida.

A pérola é fruto dos esforços e dos desafios enfrentados pela ostra.

Tal como as ostras, as transformações vão se processando em nosso mundo íntimo,

pelos desafios do mundo exterior que nós convida ao crescimento e a transformação.

Movimentos concêntricos também se dão em nosso mundo íntimo,

pérolas de sabedoria serão formadas através de nossas experiências.

Seremos a jóia formada pela própria vida.

Pérolas belas e naturais em alegria definitiva fruto de nossos próprios esforços.

Reluziremos, pois somos pérolas em formação!

Rosa Barros

quarta-feira, 2 de março de 2011

Música


Tudo é música no universo. Tudo vibra!

Somos música! Vibramos!

Qual será a nossa escala musical?

Qual será a sequência de tons e a frequência vibratória

de nossos sons?

Qual será a música que sai de nossas almas? Harmoniosa ou descompassada?

Sairemos das frequências mais baixas

até atingir as frequências mais altas?

Somos essa exata combinação de silêncio e som, somos música!

A vida dança aos sons dos nossos ritmos e andamentos variados.

Manipulamos o som e organizamos o tempo.

Quais caracteristicas teremos de altura, duração, intensidade e timbre?

Qual sequência daremos ao nosso ritmo e melodia, qual será a nossa harmonia?

Seremos ruidosos e possuiremos arritmias?

Cada pessoa, uma música específica, várias escalas.

Somos manifestação dos sons, qual será a nossa mensagem emocional?

Qual será a intenção de nossa obra musical?

Tal como a música somos expressões.

Qual seremos? Tradicional, erudito, popular ou experimental?

Atuaremos em solos ou em conjuntos?

Allegro, adágio, lento, vivace, presto?

Conhece seus andamentos e suas dinâmicas?

Ah seria maravilhoso descobrir qual é a música de nossas almas... Sabe a sua?

Rosa Barros

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A Conversation about Race



E assim nascem todos os valores e crenças nas quais acreditamos. Na infancia, na fase mais preciosa de nossa existência. Onde assimilamos tudo o que é vigente em nosso núcleo doméstico que por sua vez assimila da sociedade maior. E como tudo isso é devastador! É daí , da infância , da mais nobre fase que captamos por introjeção todos os conceitos do mundo sem a menor consciência. Podemos sentir a inocência e a total inconsciência do que elas JÁ acreditam. E assim crescemos. Este é um pequeno e monstruoso exemplo do que faz uma sociedade onde os seres que nela vivem não sabem o que é Ethos, não sabem o que é respeito , não sabem o que é dignidade humana, não sabem nem o que é ser um ser humano. O que somos? O que pensamos? O que acreditamos? Quais são os nossos valores? Quais crenças carregamos inconscientemente pela vida afora. Você sabe da onde vem todos os seus ideais e idealismos de vida? Você nem sabe que discrimina. Você nem sabe o que sente e o que acredita. Somos produtos de uma sociedade de príncipios corrompidos, distorcidos em prol de uma minoria poderosa e disseminadora de mentiras milenares em prol do Poder. E isso acontece com todos nós, em mecanismos inconscientes, assimilamos o que nos é mostrado como o melhor, o mais bonito, o bom, o feio e o belo. Entra por "osmose" de uma sociedade terrivelmente adoecida. Todos inconscientes, levados como uma grande manada não-pensante. É claro que precisamos nos tornar humanos. Precisamos ampliar nossas consciências e rever tudo. Todos os nossos conceitos , crenças e valores.
Agora é a hora da consciência ! Mudemos este cenário infeliz!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Olhar



Olhar

Sublime ato.

Sabemos olhar?

Para uma nova vida um novo olhar.

Quem terá a coragem de mudar o olhar?

E se auto-olhar?

Deixar o olhar que julga para o que compreende.

Deixar o olhar que estreita para o que amplia.

Deixar o olhar que teme para o que confia.

Deixar o olhar quer tira para o que doa.

Deixar o olhar que bate para o que acaricia.

Deixar o olhar que aprisiona para o que liberta.

Deixar o olhar sem fé para o que transcendente.

Deixar o olhar que separa para o que une.

Deixar o olhar que pesa para o que se eleva.

Deixar o olhar orgulhoso para o humilde.

Novas consciências, novos olhares e um novo mundo!

Olhares que buscam olhares.

Olhares que admiram olhares.

Olhares que gratificam olhares.

Olhares que ampliam olhares.

Olhares que iluminam olhares.

Olhares que testemunham olhares.

Olhares que compreendem olhares.

Olhares que confiam em olhares.

Olhares que acolhem olhares.

Olhares que sentem olhares.

Olhares do porvir...

Olhares que brilham...

Olhares que comungam...

Olhares misericórdiosos!

Olhares de existência,

de essência,

e de vida!

Olhares do mundo para um Novo Mundo.

Juntemos os olhares em um único Olhar,

O Supremo olhar do Amor!

Rosa Barros

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Máscara


No imenso baile de máscaras da vida...

Mascarados escodem suas reais intenções,

desejos, aspirações, sentimentos e emoções!

A sociedade fabrica medos e conflitos inconscientes,

perturba o sono dos inocentes.

Para cada situação uma máscara apropriada.

Para lidar com o desconhecido a defesa é acionada.

Mecanismos de adaptação querem nossa adequação.

No teatro da vida,

O ego é o diretor defensivo desta peça.

O medo escreve o roteiro.

O inconsciente determina as ações.

"Dores na alma" tendem a continuar a atuação.

Vários "eus" aparecerão.

Como bons atores gregos vamos atuando sem percepção.

A consciência então nos convida à reflexão,

e solicita que o medo se retire do salão.

Máscaras são defesas, nos protegem de situações desconhecidas e

embaraçosas, daquilo que não sabemos lidar.

Máscaras podem ser adequadas ou não. Depende do tempo de duração na utilização.

Que neste imenso baile de máscaras possamos

retirá-las sem medos e vivermos a autenticidade de sermos nós mesmos.

Cada ato ou atitude tem uma razão anterior a sua ação.

Por isso muito autoconhecimento e auto-análise sem autocondenação.

Rosa Barros

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Silêncio


Aconchego e intimidade.

Naquele momento uma pausa.

Almas silenciadas se penetraram...

Os olhos se encontraram em suas imensidões.

Neste encontro silencioso diálogos profundos se deram.

Mergulhados estavam no mar do amor,

não havia mais barulhos ou murmurinhos.

E então a paz foi selada com um beijo.

Naquele momento se completaram e se amaram.

O amor é sereno e sua linguagem é o silêncio.

Silencie!!

Rosa Barros

sábado, 1 de janeiro de 2011

Feliz Ano Novo!!!!



Texto de : Buda, Cecília Meireles, Confúcio, Emmanuel, Gabriel Garcia Márquez,

Khalil Gibran, Chico Xavier, Joseph Murph e Charles Chaplin.