quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Filho pródigo


Vivamos o esplendor da mensagem Crística de Amor e Justiça!

Sabemos o quanto ela foi deturpada e porque não deixarmos os preconceitos em torno da imagem de Jesus.

Jesus está para além das religiões cristãs. É inegável sua força, sua persistência em nossos corações. O seu amor firme, nada vacilante que ama as criaturas recalcitrantes, pusilânimes como nós. Adoradores do poder, na sua acepção menor, inferior.

Há um poder sim, um poder maior, poder de unificação, de construção, de transformação. Somos os filhos pródigos literalmente, aqueles que vão em direção ao mundo e suas facilidades efêmeras, aos seus gozos fugazes,as suas ilusões até a exaustão. Somos seres cansados de tanto sofrer, de tanta solidão, de tanta falta de afeto. Do buraco, do vazio existencial. Do viver sem propósitos dignificantes, só em volta de nossos problemas, das nossas angústias, de nosso pequeno universo.

Ah voar, voar em direção a mais pura verdade que está escrita em nossos corações. E porque ainda sofremos tanto diante de tanta tecnologia, de tantas facilidades? Porque vivemos nessa calamidade social? Porque tanta birra por não temos os nossos desejos egoístas não saciados? A resposta é simples: Não reconhecemos o nosso EGOÍSMO!!! Não reconhecemos o nosso ORGULHO!! Chagas da alma que nos dilaceram mas não largamos de mão. Você se melindra, você se ofende, você se magoa, você sente raiva, você sente inveja, você sente ciúmes, você tem baixo-estima, você se menospreza, você se vangloria? Isso é ORGULHO em nós, e é a causa de nosso sofrimento. Todos esses aspectos são seus filhos diletos. Até quando vamos deixá-lo nos dominar? Até a nossa mais profunda dor, certamente! Infelizmente é assim porque é a única maneira de despertar para os que não se rendem e voltam para 'casa' humildemente. Voltar para a casa... A parábola é primorosa!! Ler seria um bom começo.

As grandes mensagens de amor , justiça e fraternidade já passaram por aqui ha milênios. o que estamos esperando?

Rosa Barros

sábado, 3 de dezembro de 2011

Silencie


Quanto mais silencio mais compreendo...Quanto mais compreendo mais silencio.

E este silenciar está para além do simples ato de parar de falar, deixar de se envolver em algo para não criar atritos, não entrar em discussões, não se comprometer. Não. Quem silencia não cria atritos porque vê de antemão ,sente compaixão. Essa é a lição que aprendi.

Quem silencia já não se perde mais em seus labirintos mentais, ansiosos, angustiantes e conflitantes.

Silêncio é compaixão. E compaixão é a mais profunda compreensão.

No mar de diversidades mentais e conhecimentos temporais, diante da impermanência da vida, como afirmar ou ter certeza de algo?

Diante da vida, apenas sentir será o caminho? Eu sinto que sim.

O homem se apaixonou por conhecer e se fixou no pensar. E só pensando ele jamais conseguiu saber os segredos da vida para além da vida pensada, porque ele pensa e não sente a vida. Ele ainda não silenciou. Portanto ainda não compreendeu nada.

Quando o homem sentir as cores da bela pintura contida na paisagem, a poesia no canto dos pássaros, o perfume essencial da vida nas flores, será livre e leve como as pequenas sementes que bailam por entre brisas sem direção.

A sabedoria da vida me parece estar contida numa flor.

Deixar as aflições e jogos mentais, das ansiedades por certezas e convicções. Das fixações nas verdades relativas do pensamento dos que se embrenharam em descobrir a vida através do pensamento. Muitos enlouqueceram. Angústias profundas viveram. Esse é o caminho mental e torturante que criamos. Onde só acreditamos em ilusões, puro produto mental.

O homem sabe que as 'verdades' são relativas e porque então se fixa? Será por insegurança? E porque é inseguro? Talvez porque esteja preso em labirintos mentais...

"Sente-se diante de uma flor, desarme-se. Neste momento de profunda reverência, sinta. No silêncio estabelecido descubra os segredos da vida contidos em suas pétalas, em suas cores, em suas formas e em seus aromas. O saber divino será revelado e serás Um com a vida." Este foi o segredo que o silêncio me sussurrou.

Rosa Barros

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Fluir...


O meu negócio é fluir com a vida...Ser como um rio.
Se me chega um novo conhecer , vou lá, espreito, reflito, sinto o que ressoa em meu coração. Sigo adiante, sou um rio e nada deve me prender a este conhecimento, sinto apenas sua essência, seu perfume. Não o prenderei, não armazenarei em mim para eu ficar resguardada diante dessa 'verdade'. Se me dizem que é divino , eu respeito, mas ainda não é o meu divino fruto da minha experiência interior. O caminho, a viagem, o fluir é em direção ao centro. Nós nos prendemos para ter seguranças , somos inseguros. Queremos viver cheios de convicções mesmo que sejam alheias. Isso preenche nosso vazio. Dizer simplesmente: "Eu não sei." Constrange o nosso ego e suas fantasias. Espero ser sempre aquela que não sabe e que passa, agradece mas sente que tudo é passageiro. Para quê se filiar, se prender, segurar, o que não nos pertence e é impermanente? O que realmente nos pertence é a alegria sentida em conhecer e não em reter. Simplesmente conhecer. Reter é perecer. Sigamos, pois que não há verdade absoluta em nada mas tudo tem uma verdade. E deve ser SENTIDA em nós, e não retida como base de sustentação para o nosso ego, que só deseja poder e reconhecimento. O ego, confuso, desconhece o Amor...

Rosa Barros