domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sobre o Amor

Da mitologia Greco-romana podemos retirar histórias arquetípicas que possuem significação em nossa alma para o caminho do desenvolvimento afetivo.

Da antiga Grécia surgiu o mito das metades eternas: "Em uma diferente civilização os seres possuíam duas cabeças, quatro braços e pernas e dois corpos distintos-masculino e feminino- mas com apenas uma alma.. Vivinham em pleno amor e harmonia, e justamente esse equilibrio provocou a inveja e a ira de alguns deuses do Olimpo. Enfurecidos, enviaram àquela civilização uma tormenta repleta de trovões e relâmpagos, que dividem os corpos, separando a parte feminina da masculina e repartindo a alma ao meio.. " E até hoje esses dois seres se procuram..

Nasceu daí a crença em almas gêmeas e a eterna busca pelo seu par perfeito.

Essa idéia é alicerçada no Amor romântico, onde impera o par romântico. Que gera um certo egotismo do amor. Na realidade estamos criando uma "idealização amorosa" e desta maneira não estamos amando verdadeiramente.

Nos estudos metafísicos não há um par perfeito mas sim um processo crescente de iluminação das almas e com essa iluminação elas tendem a se buscarem em laços reais e eternos.

Amar está longe de querer que alguém satisfaça todos os nossos desejos, sonhos, necessidades, que deverá ser uma conquista nossa.

Na relação afetiva, no par amoroso , para que esse amor cresça faz-se necessário o respeito ao crescimento do outro, ao respeito de seus direitos, suas conquistas e seus valores íntimos.

Não há disputas, imposições. O respeito é o que legitíma o amor.

Compreensão, valorização, colaboração, companherismo e afetuosidade são as chaves para um desenvolvimento amoroso saudável.

Mostrar o nosso mundo ao outro, nossa "visão de mundo" e o dar-lhe o direito de aceitar ou não os nossos pontos de vistas.

Amor pressupõe: Respeito mútuo, evitar atitudes de posse, admissão de erros, abandonar a idéia de que precisamos ser compreendidos sempre, responsabilidades pessoais, respeito a individualidade de cada um e não esquecer-se da própria individualidade, fundamentalmente entender as nossas limitações, desafios e endender as limitações e desafios do outro.

Aprendizes somos ainda da arte de amar. Como dever, teremos que viver a afetividade em nós, nos amando e nos respeitando para que possamos evoluir no amor.

Não há apegos no amor, não há falta, o amor vive no íntimo das criaturas.

Amar é um estado consciencial desperto, conquista da alma em suas peregrinações em todas as eras. Para que esta conquista seja feita é necessário dedicação, trabalho árduo de auto-aprimoramento e autoconquista. É preciso aprender a amar! E principalmente amarmos a nós mesmos.

Nossa missão maior é aprender a amar!!


Rosa Barros

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A rede da vida



Quando será que respeitaremos a grande rede da vida. Ainda não aprendemos que a remoção dessas peças pode ocasionar desequilibrio ou paralização.


A vida é uma engrenagem perfeita, têm e se mantêm num perfeito equilibrio. Nós humanos queremos separar o que não pode ser separado. Só quando nos dermos conta de que a vida é muito mais bela quando ela é vivida dentro de sua ordem e harmonia.


Tudo está integrado em tudo. Há um elo em perfeita harmonia. Quando morrem os rios e lagos, morremos também um pouco. Igualmente para a destruição das florestas, da vida animal, morremos com eles também.


Todos estamos interligados numa "Rede Divina".


Vejam que a base para uma vida feliz e harmoniosa está no respeito. Cada coisa em seu devido lugar. Aí o amor se dá, e a felicidade é de todos!!

Nada como reconhecermos os nossos erros, e de forma empática nos colocarmos na posição do outro, poder sentir-lo e entendê-lo e num ato de coragem consertar o erro cometido.


No auge de nossa profunda solidão aprender que Amar é respeitar , Amar é liberdade, amar é dar liberdade e que amando não existirá mais solidão...


Rosa Barros

Um dia a gente aprende...

Um dia a gente aprende...

Que não é maduro julgar os outros e o mundo por tudo o que nos acontece e por nossa infelicidade.

Que assumir nossos erros e nos tornar responsáveis pelo nosso mundo interior e por tudo o que nos acontece exteriormente, faz com que nos tornemos criaturas mais sábias e com mais condições de discernimento

Seria interessante para nosso aprendizado e crescimento pessoal o exercício do auto-julgamento e assumir total responsabilidade por nossos sentimentos, emoções, pensamentos , atos e atitudes.

Tudo o que vivemos é produto de nossas escolhas conscientes ou não, portanto responsabilidade nossa.

Um dia a gente aprende a discernir os limites das nossas necessidades e a dos outros.

A vida é uma grande escola e um dia a gente aprende a amar, amar a nós mesmos, ao próximo e a vida em toda sua plenitude..


Rosa Barros

As dores humanas

Como entender os sofrimentos que passamos, tantas dores, tantos desares...

Será que há algum significado em tudo isso? O que será que estamos aprendendo?

Terá um significado oculto precisando ser desvendado por nós. Qual a razão de tantos sofrimentos?

No entanto, quem compreende as divinas intenções do Poder da Vida, certamente entende que nada deve estar errado, tudo está certo. Pois se observarmos a natureza veremos que ela sempre promove tudo e todos, mesmo quando tudo parece perdas, destruições e sofrimentos.

Estamos em evolução, na evolução de nossas almas, passamos por estágios necessários aos nossos desenvolvimentos, aprendendo a usar nossas forças interiores, como o domínio de nossos impulsos, do uso da criatividade, do nosso poder ordenador e organizador, desenvolvendo cada vez mais nossa inteligência e nosso poder criador.

Nos encontramos em vários níveis da experiência humana e com diferentes níveis de aprendizagens e a Providência age e promove sempre a evolução humana.

Vivemos o flagelo da falta de amor. Do período das grandes ilusões.

Amor é a fonte de nossa felicidade, refrigério de nossas almas. É o que estrutura, é o básico. No amor não há dor. Distantes que estamos de nossas essências, sofremos. Desconectados com o nosso bem maior, com a fonte da alegria e da sabedoria, sofremos. O sofrimento é opcional.

Entretando temos catastrofes aparentementes sem razão, sem sentido. Mas se tivermos olhos de ver,veremos que abre-se uma grande oportunidade de revermos nossa forma de entender a vida. Grandes movimentos fraternais afloram, surge a compaixão em seu despertar manso e gradual.

Períodos de cegueira, de egoísmo, de individualismo, de ganância, de movimentos separatistas vão ser gradualmente transformados.

Algo maior ocorre e nos abala. Nos convida ao retorno à nossa humanidade.

Estamos num período fabuloso, de avanços tecnológicos, de globalização. Todos sentem as dores de todos e todos se felicitam por todos. Não há como negar esse enorme avanço das comunicações, das informações, do "estar conectado".

O grito de um Haitiano é ouvido aqui e agora. Todos sentimos, mesmo não estando fisicamente com eles, mais estamos em humanidade, em espírito. É o chamado para a conexão real. Essa acredito ser a grande mensagem.

Nossas dores por enquanto serão necessárias, enquanto não nos abrirmos para o Amor, para a comunhão, para a conexão com a vida.

É o momento crucial para a humanidade. Já não aguentamos mais tantas dores, queremos e merecemos ser felizes.

Façamos um mundo melhor agora, na nossa intimidade, para que se reflita no mundo.

Sejamos o Amor e a Paz que queremos ver e sentir no Mundo.


Rosa Barros

Sobre preconceitos

Além de um olhar sobre os esteriótipos que é visto aqui neste video, vamos refletir sobre os preconceitos. Este um tema de profundas reflexões. O que é preconceito? Somos preconceituosos, ou simplesmente acreditamos que já não temos preconceitos?

Ter um bom nível ético é quando um individuo já pensa por si em termos gerais e críticos. Tem independência interior. Quando é autônomo para definir o bem e o mal, sem seguir fórmulas sociais e por fim quando não escravo das suas crenças inconscientes, porque pratica e faz contato permanente com o seu mundo interior, se exercita na prática do autoconhecimento.

Possuimos valores e crenças adquiridas de forma não vivencial , gerando para o nosso mundo interior os preconceitos e que nos torna muito distantes da realidade.

Assimilamos as coisas com julgamentos preestabelecidos, fundamentações vindas de opiniões de terceiros. Portanto temos uma visão distorcida. Cabe aqui sempre refletimos sobre o que realmente acreditamos. Será que acreditamos por que vivenciamos ou porque nos disseram que era o melhor . Isso se dá em nossa criação, nossos pais bem intencionados nos "ensinam" o mundo segundo a visão deles , segundo o que aprenderam dos pais deles e assim por diante. Adotamos as suas "verdades" e não aprendemos a questionar nada. Uma educação mais interessante é aquela que estimula o ato de pensar, o ato de duvidar e indagar. Lembrando o grande mestre da Grécia antiga, Sócrates, quando se utilizava da Maiêutica, ou parto das idéias, fazia surgir mais e mais idéias, fazendo o sujeito não ficar num único e inflexível pensamento.

Aceitamos os valores daqueles que convivemos, é muito sutil, não percebemos. As crianças são como pequenas esponjas, são curiosas, observadoras e absorvem tudo em torno do seu ambiente.

Qual seria sua visão sobre sexo, religião, politica, raça, infância, velhice e etc. ?

Será que a nossa forma de ver não estaria repleta de influênias alheias, repletas de conceitos previamente estabelecidos?!

Seremos incapazes de avaliar corretamente se esta avaliação não passar por nosso autojulgamento, saberemos discernir por nós mesmos?!

Uma regrinha interessante: Que tal aprendermos a nos conectar com nossas almas e não criarmos regras rígidas. Aprender a avaliar com nosso senso interior. Cada situação, cada pessoa é um mundo à parte. Renovação de nossas crenças, valores. Repensar os nossos conceitos, avaliar sempre de acordo com nosso senso adquirido através de nossas experiências.

O preconceito é um grande desafio para a humanidade e é um obstáculo ao nosso desenvolvimento humano, uma barreira que separa todos.

Para o entendimento metafísico ou espiritual é um grande entrave para uma humanidade mais ética e pacífica.

Como está o seu nivel de preconceitos, já pensou nisso hoje?


Rosa Barros